segunda-feira, 23 de julho de 2012

Revelando os Sentimentos...


Às vezes é difícil expressar o que sentimos: como seremos entendidos? Seremos entendidos? E nós? Sabemos o que de fato sentimos? Será que sentimos? Às vezes, passamos boa parte de nossas vidas dedicando sentimentos, mesmo a quem não se importa com o que sentimos. Um dia acordamos e nos damos conta de que todo nosso sentimento não rendeu frutos, não provocou no outro a mesma sensação. Começamos a pensar que melhor seria se nada sentíssemos e nos fechamos aos sentimentos. Na verdade, não deixamos de sentir, apenas mudamos de sentimentos: sai a ternura, aporta uma dolorosa saudade; se vai a felicidade, toma assento uma amargura sem fim... Parece que não haverá mais bons sentimentos.

De repente, um sopro de alegria paira em nosso rosto, como uma brisa suave... Singelo, passageiro, bobo, por assim dizer, mas nos dá a clara sensação de que estamos vivos... ainda. A nós nos parece que o sentimento quer dizer que está ali, buscando ser sentido. E como um pássaro que entoa seu canto ao primeiro raio de sol, saímos a descrever o que sentimos, como se quiséssemos provar a nós mesmos que estamos vivos... ainda. E se quiséssemos expressar o que sentimos? Seríamos compreendidos? Nós o faríamos na medida certa? Jamais saberemos. Às vezes, as pessoas provocam sentimentos e sentem muito, porque talvez não fosse bem aquilo que elas queriam que o outro sentisse. Não queriam? Não imaginaram por um segundo que as pessoas poderiam, sim, se sentir tocadas e desejosas de se entregarem aos sentimentos? E agora? O que fazer com o a gente sente, com o que nos foi provocado? (Des)sentir? Sinto, de fato, que nunca saberemos...

As pessoas sentem de maneiras diferentes. As pessoas sentem mais, sentem menos... Geralmente, sentem muito que não sintam... nada. As pessoas se assustam com os sentimentos... Sentir dói, por vezes, (des)sentir mais ainda, porém muito mais triste e doloroso, mesmo, é não ser capaz de nada sentir.

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