sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O antes... o durante... o depois... quando juntos somos um só...

Estar contigo é assim...


                                                   [Fonte: Art of Women]


Tem magia, tem mistério, tem sedução, tem alegria, é um tanto surreal.
É um frio na barriga, uma mistura de quereres, uma explosão de desejos sem igual.
Tem o medo que impera, o nervosismo da espera, a certeza do que vai acontecer.
É um arrepio na espinha, um remexer no corpo inteiro, o partilhar do prazer.

Tudo em mim ganha novas cores, a cada encontro sou em ti uma mulher renascida.
Viajo em tuas mãos que me varrem inteira, percorrem meu corpo, me deixam enlouquecida.
Tudo em ti também se renova, tua pele adoça, teus olhos brilham, é visível em teu sorriso.
Embriago-me com teus beijos, bebo o néctar de tua boca, que me alimenta do que preciso.

Estar contigo é assim...

É não cobiçar a lua, se te transformas no meu sol, me fazes tua estrela, me conduzes ao céu.
É uma invasão de ternura, é a minha volúpia saciada quando me invades com teu mel.
Tem a cumplicidade do olhar, que traduz nossa linguagem, que um ao outro devora.
Tem o materializar do pensamento, o dar a vida ao sentimento, sem tempo nem hora.

Tem o perder-se mutuamente e reencontrar-se suavemente com minh’alma a tua invadida.
Tem a tristeza, que sem convite adentra, marca sua presença, transforma-se em despedida.
Tem o deixar em ti o meu gosto a chamar-te ao novo encontro, a implorar-te nova dança.
Tem o “volta logo, não demoras”, ser tua é o que me sustenta, me renova a esperança.

Estar contigo é assim...
É misturar os falares e não ter o que dizer, é ser tua eternamente e viver por te querer.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Já faz um tempo...

Para Marisa, Ainda bem... porque se deu agora. Em mim, há tempos é assim...



                                               [Fonte: Outras fronteiras]

Já faz um tempo
Que eu encontrei você
Mas realmente não sei
O quanto eu esperei você

Porque os "alguéns"
Sempre passaram por mim
Mas logo tudo tinha fim
Porque não era você em mim...

No meu coração
Você estava bem guardado
O que vivi foi ilusão
Sonho de amor é ao seu lado
Que eu desejo ficar
Pra sempre quero ficar
Assim é que sou feliz
Viver só pra lhe amar... assim...

No meu coração
Este amor estava selado
Eu fui de inverno a verão
E havia um tempo demarcado
Você viria pra ficar
Pra sempre em mim ficar
Assim é que sou feliz
Nasci para lhe amar... assim...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A minha fidelidade em soneto

Se eu fosse Vinícius, minha fidelidade seria versada assim...

                                                [Foto: Art of Woman]

De tudo a ti serei atenta
Antes, e com tal zelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
De ti se encante mais pensamento

Quero viver-te em cada vão momento
E em teu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e, de gozo, derramar meu pranto
Sem pesar, apenas contentamento

E, assim, sempre que me procures
Que se distancie a morte e se alongue o que em nós vive
Porque não há solidão, quando verdadeiramente se ama

Que eu sempre cante em versos o amor que te tenho
Que já se faz imortal, pois tu manténs acesa a chama
E me faz crer que é infinito e que, enquanto eu viver, perdure

domingo, 17 de novembro de 2013

Eternamente amor...

Imprimindo as minhas emoções à poesia de Lulu Santos...

                                 [Foto: Art of Woman]

Eu gosto tanto de você
E nem preciso esconder
Desde muito tempo já é sabido
É uma coisa que existe no meu peito
E jamais fenecerá e deixará de acontecer

Eu acho tão intenso isto que bate aqui dentro, baby
Me inspira o riso e me dá paz
É uma coisa que existe no meu peito
E vai seguir comigo até quando eu viver

É minha força e minha certeza
Traz todo o brilho ao meu coração
A alegria que me dá
De saber te pertencer
O amanhã é futuro, eu não ligo
Vivo o agora, o que desejo viver
Desta nossa entrega
Só a gente precisa saber...

A ti, meu amor. Obrigada... pelo dia, pelos mágicos instantes... por tudo que moves em mim... por estares em mim e me permitires estar em ti... [16-11-13]


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Porque eu sei que é amor...

Compreendendo a nossa história...

                                       [Foto: Art of Woman]


Porque eu sei que é amor... nasceu inocente, viveu uma longa espera; foi menino, adolescente, há muito tendo amadurecido, experimenta nova era.

Porque eu sei que é amor... e será pra sempre, pra sempre vai durar. Porque se tornou cúmplice, porque tudo quer partilhar.

Porque eu sei que é amor... porque abraça tão calorosamente que o coração quase não aguenta, mas é a troca perfeita do mais puro desejo, e basta apenas um beijo e a alma, ora angustiada, se acalenta.

Porque eu sei que é amor... não importa como, importa que seja... importa viver, se entregar, se permitir, saber-se pertencer.

Não, não vivemos uma nova fase... de fato, agora vivemos.

[O que me disseste: "...eu não te deixo nunca mais"... O que internalizei: Eu sei...]

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Revelando como me sinto... como sou...

... generosos são os olhos que veem...


Causa-me espanto quando me dizem o quanto sou extremamente generosa. Ouvi isto várias vezes há dois anos, num período intensamente doloroso. Aqui, ali escuto novamente. Hoje, me ocorre de receber tal adjetivo, vindo de alguém que me é bastante caro, cuja forma de me olhar, esta, sim, é por demais generosa. Não... não sou generosa assim como acreditam. Eu procuro dar o melhor que tenho, mas é puro egoísmo, não se iludam, já que fazer o bem ao outro me promove recompensa ainda maior. Falam do quanto sou cuidadosa e carinhosa com o outro... E não deveria ser esta a nossa missão neste mundo? Emocionei-me também quando li, dentre outras coisas, que as minhas palavras e a minha voz são um oásis encantado. Ah, meu amigo, se as pessoas soubessem o que sinto, se conseguissem me enxergar por dentro, se alcançassem as minhas aflições... Ah, se pudessem saber como me vejo impotente, especialmente agora, como são os meus lamentos noites adentro, se vislumbrassem o vazio que por vezes me ocorre, o grito que silencio, o choro que preciso calar para que o outro possa escancarar a sua dor... Ah, se por um instante percebessem a minha fragilidade... que nada sou... Se compreendessem que é tão simples o que eu anseio viver e, ainda assim, me é quase impossível de alcançar... Se ainda não desisti, é porque o que carrego em mim não tem mais cura, não pode ser transmutado, transferido, não servirá para mais ninguém... Se ainda não desisti, é porque meus pés vivem saindo do chão, porque me vejo voando além, porque em meus delírios eu posso tudo e muito mais. Mas tenho consciência do que sou: sou pequena, meu povo, meu cinto de utilidades vive perdendo os apetrechos, minha capa é plástica, a heroína está só nos gibis. No mais, mentalizo naquilo que é e sempre será meu lema de vida (tomando para mim os versos de Álvaro de Campos-FP): “Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Esta sou eu... generosos, encantados são os olhos que me veem...

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

As controvérsias do amor...

...não, o amor não é controverso. O amor é amor... em sua plenitude


Quem definiu o amor? Quem o conseguiu decifrar? Ama-se por quê? Por que se deve amar?
Quem compreende os limites do amor, do amar? Amar tem limites? O que o amor deve limitar?
Justificam-se más atitudes em nome do amor; e tudo em nome do amor justificar é possível?
Diz-se amor, mas é posse; diz que ama, mas invade, ameaça; acaso seria isto compreensível?

Como descrever um sentimento que suporta, tolera, a tudo espera, com paciência?
Como tolher os seus sonhos, atropelar suas vontades e ainda manter sua resiliência?
Como ser o ouvido que a tudo escuta, ser o colo que acalenta, deixando em silêncio a sua dor?
Que nome dar a tal sentimento, que aquieta no outro o seu tormento, senão o de “Amor”?

O amor é algo divino, o sustentáculo dos demais sentimentos, todos carregados de benesse.
Amar é promover a paz, reacender o desejo a cada dia, agradecer ao amor do outro numa prece.
Amar é entregar-se às escuras, permitir-se loucuras, abraçar em ti a tristeza, o que te traz calma.
O amor é um ser que não tem face, que dentro do peito nasce, toma conta do corpo, afaga a alma.

Como pode ser amor, se a felicidade do outro não importa, se o que vale é o que se quer?
Por que imprimir uma vontade, se desconhece o altruísmo que um verdadeiro amor pode ter?
Como chamar de amor o que impede no outro a liberdade, lhe tira o sossego, lhe rouba a paz?
Analise o seu sentir, não ouse mentir nem blasfeme de um sentimento do qual não saberá jamais.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Meus desejos clamam por ti...

...o que o meu corpo fala, a alma grita e o coração implora


[Fonte: Art of Woman]

Queria o calor do teu suor umedecendo meu corpo, minha pele hidratando.
Queria sugar tua boca, ter tuas mãos me percorrendo, todo meu ser desnudando.
Queria matar a saudade, acalmar este furor que me invade, meu vazio de ti preencher.
Queria varrer-te por inteiro, embriagar-me com teu cheiro, nos teus braços adormecer.

Viajo na lembrança dos nossos momentos, atropelo os pensamentos, consigo ver teu sorriso.
Queria ser tua agora, amar-te até o romper da aurora, te sentir dentro de mim é o que preciso.
Por que não ouves meu chamado, se eu te quero ao meu lado, meus gemidos aos teus misturar?
Não vês que sem ti fico perdida, já que é tua a minha vida, que do teu suspiro vem meu respirar?

Queria ouvir o som da tua voz, dizendo: _abre, estou aqui! Vim cumprir minha promessa.
Queria lançar-me no teu colo, deixar teus olhos me decorarem sem limites nem pressa.
Queria o teu abraço, teu aconchego, teu roçar em meu pescoço, sentir na espinha aquele arrepio.
Queria saciar o meu desejo, tatuar-te com meus beijos, liberar em ti todo o meu desvario.

Será que o meu delírio te alcança, que será nossa esta dança, que a minha sede saciarei?
Imagino-me inteiramente tua, antes mesmo de uma nova lua, em ti completamente estarei.
Conto as horas e os segundos, não há outro ser no mundo mais esfaimado de ti do que eu.
Leio a sorte numa carta, que diz: falta pouco, aguarda! ele está vindo para ser somente teu.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pensamentos materializados

...não importam as pedras do caminho, se estiveres lá ao final.

[Fonte: Art of Woman]

Quero falar o que sinto, mas os sentidos se perdem em minha mente, assim, meio sem rumo.
Eu fecho os olhos e te vejo; ouço meu coração gritar teu nome e, de susto, perco o prumo.
Penso na noite mal dormida, na tristeza por tua partida, em meu corpo, cujos anseios se calaram.
Vagueio pelas ruas buscando o roçar da tua pele, guiada pelo teu cheiro que as flores exalam.

Recordo o instante ao teu lado, meu corpo ao teu colado, e o vazio que deixas a cada despedida.
Vives em mim desde outrora, entristeço-me se demoras, sem teu sorriso fico perdida.
Sigo devaneando pelo caminho, procurando tuas mãos, e tropeço na lembrança do teu beijo.
Neste momento, preciso retomar a consciência – menina, tome tenência! Aquiete seu desejo!

Afastar-te do meu pensar não consigo, falo sozinha, que riam, não ligo, o que pensam não importa.
Eu te amo sem medida, tens em tuas mãos a minha vida, escancarada, sem janela nem porta.
Diminuo os passos para alongar o caminho, não vou mudar o pensamento ou entregar-me à rotina.
Tu me alimentas de emoção mesmo distante, é visível em meu semblante, meu rosto se ilumina.

Meu pensar te alcança e tua voz se materializa; desta vez, o tropeço quase me leva ao chão.
Ouviste o meu chamado? Sentiste meu cheiro em tua pele grudado? Pulsou no teu o meu coração?
Se o caminho é longo ou breve, largo ou estreito, agora isto não tem mais valia.
Ao ouvir-te, sorriu a minh'alma, teu 'bom dia' me trouxe calma, saber-me em ti é minha alegria.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Eu protesto...

Talvez eu seja romântica demais, talvez eu seja ingênua demais, mas...


Talvez eu seja romântica demais, talvez eu seja ingênua demais... mas não consigo compreender por que as pessoas vão às ruas, dizendo lutar por direitos, mas se esquecem dos seus deveres. Não consigo entender como se destrói algo que é de uso próprio. Não consigo aceitar que destruam patrimônios antes tão exigidos como direito de todos. As pessoas lutaram a vida inteira por democracia, por liberdade de expressão, mas não sabem como, de fato, se lida com elas. E não venham me dizer que a culpa é do Estado, que não lhes oferece condições de aprendizado. Certos exercícios são aprendidos dentro de nossas próprias casas, não dependem do ensino formal, não é obrigação do ambiente escolar. Fazendo uso da metáfora, eu costumo dizer que se tenho todos os dentes íntegros em minha boca, não uso prótese, é porque nunca respondi aos meus pais, porque jamais deixei de exercitar o respeito que me foi ensinado por eles, desde os tempos de eu menina.

Talvez eu seja romântica demais, talvez eu seja ingênua demais... mas tenho saudade de um tempo em que muitos sofreram punições, infelizmente, mas lutavam brava e limpamente por direitos, para serem ouvidos, para lerem Eça de Queiroz livremente num banco de praça. Tenho saudade de um tempo em que as pessoas iam às ruas mostrando suas faces, às vezes coloridas, mas jamais mascaradas.

Talvez eu seja romântica demais, talvez eu seja ingênua demais... mas sinto escorrer água dos olhos quando vejo um cinema, símbolo da nossa cidade, marco da nossa juventude, agredido gratuitamente, simplesmente pelo fato de estar ali, imóvel, não poder se defender; sinto um aperto no peito quando vejo instrumentos que nos foram ofertados como boas práticas, facilitadoras da mobilidade urbana, serem covardemente destruídos. E ainda querem nos convencer de que o nome disto é protesto. Eu protesto! Eu acho até que chamar de vandalismo é premiar complacentemente tais atos...

Talvez eu seja romântica demais, talvez eu seja ingênua demais... mas tenho saudade de quando, de fato, a ideologia era o mote, a vontade de lutar pelo que é mais justo não desprezava o respeito, o que é certo, não desconhecia o dever a que compete cada um. Tenho saudade de quando Vandré nos convidou a cantar, idos atrás, e seus primeiros versos nos convidavam, suavemente, a caminhar, cantando, seguindo a canção, pedindo igualdade, estivéssemos juntos ou não, em todos os campos, em todo o tipo de organização, mas sem escárnio, sem deboche, sem ofensa, e com propósito, com verdade, com decência, com essência.

Talvez eu seja romântica demais, talvez eu seja ingênua demais... mas se a juventude representa o futuro, boa parte dela tinha mais era que dar um pulinho no passado e aprender, e viver, o real significado de luta, de democracia, de liberdade de expressão, de justiça, de igualdade, de direitos, de deveres, de respeito... Se a juventude que foi às ruas ontem representa o futuro, prefiro ficar no meu passado saudosista, cujos jovens viveram agruras, sofreram punições severas, perderam vidas, até, mas que não poderão jamais ser julgados por covardia, por ignorância, por desrespeito, por vilania... Esta juventude que vi ontem... a minha cidade não precisa dela, o meu estado não precisa dela, os cariocas e fluminenses não precisam dela, os paulistanos não precisam dela, os capixabas não precisam dela, os soteropolitanos não precisam dela, os mineiros não precisam dela, os candangos não precisam dela... o meu país não precisa dela... Contra esta juventude que vi ontem e que temos visto todos os dias país afora, Eu Protesto!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Meu dia é frio...

Como eu sinto e vivo a poesia de Djavan...

                                                      [Foto: Art of Woman]

Meu dia é frio
Sequer eu posso ler um livro
E o pensamento está em você
E de saudade eu vivo...
Meu dia é tenso
Não ter você é o meu tormento
E eu queria me sentir em você
Teu colo é meu alento...

Longe de ti é tão deserta a minha rua
Te desejo ao acordar, quero ser tua
Ama-me do sol ao nascer da lua
Se tu não estás vazia é minha vida
Quero te ter neste dia, todo dia
És minha paixão, a minha alegria
Estás dentro mim, tomas conta do meu ser

E em tudo quanto olho tu estás tão belo
Um arco-íris tão singelo, falando de amores
E de tudo que emana de ti...

terça-feira, 16 de julho de 2013

Desejos desmedidos...

...Meus quereres apontam em tua direção.

[Foto: Art of Woman]

Há em mim uma ruma de quereres, de aspirações angustiantes, de desejos sem medida.
Há em mim uma vontade de banhar-me na chuva, de correr pela rua, de muita coisa na vida.
Há em mim um anseio de estar, de ser, de sentir, de te tocar, de me entregar, de viver.
Há um mim uma cobiça de ser tua, de te amar à luz da lua, de nos teus braços me perder.

Quero teu calor que aquece meu corpo sedento, que cala meu lamento, que inunda minha’alma.
Quero teus beijos ardentes, que saciam minha fome, aliviam meu cansaço, me trazem calma.
Quero as tuas mãos meu corpo percorrendo, elevar a minha libido com o teu suspirar.
Quero os teus sussurros ao pé do ouvido, vibrar com teu gemido, quero em ti me embriagar.

Há em mim um não sei quê de desassossego, uma vontade de chamego, de carinho.
Há em mim lua cheia em pleno dia, uma saudade, uma agonia, um querer-te em nosso ninho.
Há em mim um desespero por não te ter, uma gana que me faz entorpecer, me leva à exaustão.
Há em mim um sol ardente de paixão, uma montanha de volúpia, um mar inteiro de emoção.

Quero viver o que sinto, quero champanhe, vinho tinto, quero ternura e a tua voz em melodia.
Quero varrer teu corpo inteiro, roçar a tua pele, sentir o teu cheiro, acordar em tua companhia.
Quero a água de tua boca, despir-te inteiro, rasgar tua roupa, quero alimentar-me do teu sorrir.
Quero mergulhar na fantasia, quero felicidade todo dia, quero te amar sem ter que me despedir.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Saudades de ti

A minha saudade reclama a tua ausência...


Saudade dos teus olhos que me desnudam.
Saudade da tua boca que me alimenta e que da minha se nutre.
Saudade das tuas mãos que percorrem meu ser, que meus cabelos desalinham.
Saudade do teu respirar soprando torridamente em meus ouvidos.
Saudade das nossas conversas, confissões e segredos.
Saudade dos nossos momentos, do nosso sofá, da nossa cama.
Saudade de quando me sorris, de quando te sinto meu, de quando me tens em ti...

quarta-feira, 19 de junho de 2013

De volta à menina que fui

De volta à menina que um dia se descobriu amando...


                                     [Foto: Art of Woman]

Era uma menina de onze anos
Cheia de medos e desenganos
Aquele moço que eu conheci
Vive até hoje dentro de mim

Lá no começo nem eu sabia
O que era aquilo que eu sentia
Passou um tempo até descobrir
Que era amor o que estava ali

Mas foram anos de desencontros
Muita tristeza e desencantos
Viveram outras histórias, construíram impérios
Mas o que sentiam um pelo outro era muito sério

Cabelos grisalhos lhes cobrem a cabeça
Amadureceram, conheceram a tristeza
Só um brindou à nova geração
O outro traz este vazio no coração

Parece sonho, um frio estranho na espinha
Depois de anos, quase se acostumando a viver sozinha
De volta o medo por tanta entrega
Afinal, são anos de muita espera

Porém, as emoções são novas, são diferentes
Há muita descoberta, a alma está contente
Somente agora posso dizer
Que o amor de fato pode acontecer

Receio ainda em cantar a verdade
Mas o amor está aqui, vivemos felicidade
Aquele moço há muitos anos eu espero
Com ele eu vivo tudo, com ele tudo eu quero...

Era uma menina de onze anos, sentindo algo bem inocente
Sou uma mulher vivendo hoje os sonhos de adolescente
Aquele moço com quem eu sonhava todos os dias
Hoje se transforma em realidade, é a minha alegria

Não sei ao certo se estamos construindo uma nova história
Mas o nosso sentimento está aqui, ficou guardado na memória
Eu o amo intensamente e nem quero saber se a recíproca é verdadeira
É este homem que habita em mim desde sempre que eu quero para a vida inteira...


“[...] E é como se eu despertasse de um sonho
Que não me deixou viver
E a vida explodisse em meu peito
Com as cores que eu não sonhei
E é como se eu descobrisse que a força
Esteve o tempo todo em mim
E é como se então de repente eu chegasse
Ao fundo do fim
De volta ao começo
Ao fundo do fim
De volta ao começo...”

De volta à menina que um dia se descobriu amando... e vivendo...



domingo, 9 de junho de 2013

O Ventre Vazio

...a certeza de jamais conceber-te


Eu te esperei a vida inteira, sonhei contigo, te desejei, sem mesmo ter-te, até, te amei.
Eu te busquei por todos os cantos, sobrevivi a cada desencanto, por ti sempre esperei.
Eu quis a ti dedicar a minha vida, ansiei ficar acordada por horas perdidas velando o sono teu.
Eu fui até o infinito, preparei meu traje mais bonito, quis te embalar no colo meu.

Sempre foste meu sonho escondido, meu presente mais bonito, meu projeto de vida.
Não te ter comigo deixa meu peito sofrido, cala meu grito escondido, é a dor mais doída.
Em meus delírios, ensaiei para ti uma cantiga, nanei teu sono, meu abraço a ti ofertei.
Na madrugada troquei tuas vestes, um sorriso me deste, teu choro dengoso acalentei.

Ora te via sorrindo, imaginava-te um menino, saudável, astuto, correndo lépido e fagueiro.
Encantava-me por te sentir menina, com laços cor-de-rosa, seguindo meus passos o dia inteiro.
Por vezes queria os dois, de uma única tacada, nascidos sem hora marcada, bem assim.
Queria a surpresa da chegada, numa noite iluminada, como gotas de orvalho caindo em mim.

Meu sonho é cada dia mais distante, brilha ao longe como diamante, talvez a mim não pertença.
Desesperanço em tê-lo, de que adianta meu desvelo se nisto não mais tenho crença?
Sinto-me murcha por dentro, um doloroso lamento, uma saudade do que não vivi.
Uma tristeza que nunca sara, o ventre vazio que me desampara, o ser que não concebi.

domingo, 2 de junho de 2013

Perdendo-me em ti...

...não há como traduzir o que vem depois de nós...

[Foto: Art of woman]

Confusos estão meus pensamentos, regozijo ou tormento, nada que se possa explicar.
Divago em momentos vividos, em desejos atendidos, no grito que eu não podia mais silenciar.
Vagueio por cheiros que ainda me inebriam, no teu beijo que guardei na minha boca.
Sinto um calafrio, os meus poros todos se arrepiam, é verdade, não estou louca.

Fecho os olhos e posso ver-te varrendo meu corpo inteiro com o brilho do olhar.
Sinto tuas mãos me percorrendo, nosso suor escorrendo, nossa viagem se iniciar.
Sorrio sozinha de contentamento, revivo todo aquele momento, ainda está aqui aquela emoção.
Ouço a tua voz ao meu ouvido, tento conter o gemido, posso sentir o pulsar do teu coração.

Diz-me que ao me olhares ainda menina, juraste que eu seria tua algum dia.
Digo-te que estavas certo, te pertenço desde sempre, ser tua é minha alegria.
Como um ser alado, alço um voo descontrolado, esbarro em nuvens desconhecidas.
Pouco importa o destino, que digam que é desatino, há muito que em ti estou perdida.

Com teu jeito dúbio, ora manso, ora voraz, tudo em ti me apraz, me preenche, me fascina.
O teu encaixe é perfeito, a soma certa, não tem jeito, és meu carma, minha sina.
Os sinos dobram, posso ouvir, transbordo inteira de felicidade, há magia em meu sentir.
Vou dormir ao som dos anjos, acordar de alma leve e tudo em mim com gosto de ti.