domingo, 30 de dezembro de 2012

Alegria, êxtase... Vazio, solidão...

Ter-te e perder-te a cada dia... e outra vez ter-te... e perder-te...


A alegria tem me invadido há alguns dias, permitindo-me viver o êxtase do sonho tornado realidade.
Adormeço embriagada pelas lembranças dos carinhos trocados, pela cura da saudade.
Porém, o amanhecer sempre me devolve a tristeza, o vazio, a distância, o silêncio que grita alucinado.
Os pensamentos insistem em aportar em terras proibidas, o peito segue batendo angustiado.

Não sei viver pela metade, nunca soube medir o que devo sentir, a minha entrega é verdadeira.
Sou paixão, verdade, emoção, sou a que te sente pelo olhar, a tua espera de uma vida inteira.
Sou aquela que cala sua dor, a que finge que tudo acabou, mas o que a devora por dentro é amor.
Não compreendo meia felicidade, eu te quero de verdade, o que sinto por ti outra vez desabrochou.

Quando me tomas em teus braços, tudo em volta pouco importa, perde os sentidos.
Tenho vontade de gritar bem alto meu arrebatamento, mas me delicio apreciando teus gemidos.
Quando me faço tua, realidade e devaneio se confundem e se entrelaçam em nossa chama.
Nosso enredo só se faz entendido por nós, nos encontramos por que nos perdemos em nossa trama.

Meu ser anda inquieto, minha alma clama mais de ti, implora compreender o que te vai por dentro.
Não quero dar razão à tristeza e apagar o que vivemos, não quero dar voz ao lamento.
Mas preciso dizer que o que me dás é pouco, sei que de ti muito mais mereço.
Eu te quero desde menina, em teus braços me fiz mulher, me conheces até pelo avesso.

Em pleno verão, a minha noite é fria e triste, mas em meu corpo ainda sinto o calor que emana do teu.
Fecho os olhos e me perco, percebo-te em mim, tua boca na minha, teu olhar cruzando o meu.
Só mesmo transformando em poesia tudo o que me angustia, que me leva a rir e a chorar.
Rogo ao céu um novo dia, outra vez ser tua, que alegria, nossa história de novo recomeçar.


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Uma releitura de nós


Relendo a nossa história e reescrevendo novos capítulos...


Quero dizer o que sinto, mas desta vez tenho medo de pelo avesso me deixar mostrar.
Quero expressar o que vai em minh’alma, mas há segredos que nem ao silêncio ouso contar.
Queria compreender a linha tênue entre ‘o posso, mas não devo’, entre o temor e a coragem.
Queria fazer tudo o que desejo sem pensar se pode ou não ter volta esta viagem.

Meu peito anda desconcertado, vontades absurdas meu corpo reclama, é como me sinto.
Busco pesar o certo e o errado, mas quero atender aos apelos dos meus desejos, eu não minto.
Divido-me entre o ‘reler alguns capítulos da nossa história’ e o ‘deixar o livro fechado’.
Deveria pensar numa reescrita ou dar o texto por completamente encerrado?

Insisto numa releitura, descubro páginas amareladas, cuja tinta teu cheiro exala.
Fecho os olhos, me embriago, mergulho no passado e todo o meu corpo fala.
Arrepio-me imaginando o toque de tua pele; divago alucinada por este perfume.
Sufoco os anseios de não estar em teu colo agora, não ser tua neste instante é o meu queixume.

Uma simples troca de olhar, um sorriso reciprocado, nada mais há em volta, apenas nossa magia.
Parágrafo a parágrafo, vamos inserindo novas linhas, criando e vivendo nossa fantasia.
Vou me perdendo em teu mistério, creio ser o que dizes: a tua biografia.
Conheço cada parte do teu corpo, tenho em mim tatuado cada palmo de tua anatomia.

A mim, tu me conheces por inteira, sabes das minhas reticências, vírgulas e travessões.
Cada trecho que em mim escreves em nada duvidas, descobres uma a uma as minhas indagações.
Interrogas-me, me exclamas, dize-me “tremas”, a gramática é nossa, não faz mal.
Entendes cada vez que preciso de um acento e sabes sempre chegar ao meu ponto final.

Tantos encontros, desencontros, reencontros, e o mesmo gosto, o mesmo aroma, o mesmo calor.
Os intervalos são longos, mas os desejos seguem intensos, apreciamos a cada dia o nosso sabor.
Nossa história foi há mais de 30 anos escrita e quando menos esperamos nova página é inventada.
São capítulos infinitos, uma novela sem fim, de tempos em tempos reeditada.

Que venham novas páginas, intermináveis parágrafos, capítulos infinitos, deles não vou fugir.
Quero vivê-los intensamente cada vez que clamarem para um novo trecho eu inserir.
Somos capa, contracapa, orelha, dorso, um livro inteiro de nós dois.
Convido-te a uma nova leitura e reescrita e o 'será' e o 'talvez', o 'podemos' e o 'não devemos'... editaremos depois.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Revelando o clamor do meu desassossego...

O retorno da poesia... O reacender do sentimento


Amo-te inteiro e tanto e sempre...
A cada encontro, a cada volta, a cada espaço de tempo em que distantes estamos.
Amo o teu corpo, onde o meu descansa, e o calor que sinto em tua boca.
Amo a magia do estar ao teu lado e o repouso tranquilo depois de ter-te e tu a mim.
Amo o mistério que se fez em nossas vidas:
Nosso tempo de inocência, nossas trocas de olhares na adolescência...
Nossos caminhos separados, inevitavelmente sempre cruzados.
As idas e vindas dos anos, as alegrias, os desenganos e o destino astutamente sempre nos juntando.
Amo lembrar-me do nosso primeiro beijo, da minha espera até o feliz momento de me tomares numa entrega inteira para ti.
Amo a incerteza de jamais me pertenceres, e mais ainda a certeza de que, de algum modo, sempre serei tua.
Amo o teu olhar que me despe e as tuas mãos que em mim tão deliciosamente deslizam.
Amo a dor quando me adentras e o delírio quando em mim derramas o teu gozo.
Amo o amor que fazemos, o modo de me teres tua, mesmo que por um instante, mesmo que por um breve momento.
Amo a expectativa do reencontro, às vezes por anos, e ainda mais a tua chegada.
Amo tua voz, teus beijos, teu sorriso, teu colo, teus suspiros, teu silêncio...
Teu enrosco em meu pescoço, tua companhia, tua ironia, tua simplicidade, tua autenticidade...
Teu cuidado, teu carinho, teu toque...
Em que pese as voltas que o mundo dá, as pessoas que passaram ou passarão em minha vida...
Este sentimento sempre estará aqui...
E sempre reacenderá cada vez que nossos corpos se encontrarem e flamejarem em nossa eterna chama.
Não sei como isto se dá, não sei ao certo a razão.
Como diriam... só sei que é assim.
Amo-te inteiro e tanto... e sempre... Corpo, alma e coração.



segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Ao meu 14 de dezembro...

Brindando ao meu aniversário...



Muito por agradecer a Deus.
Muito ainda por fazer. Muito ainda a desejar.
Muita música ainda por cantar, muitos passos ainda a ensaiar, muitas linhas ainda a escrever...
Muitos abraços para buscar, muitos sonhos para tornar realidade...
Muito ainda a aprender, muito ainda a refletir, muito ainda a mudar, aprimorar.
45 anos de quedas, vitórias, lições aprendidas, experiências, molecagens, entrega
s.
45 anos de erros, prantos e muitos risos.
45 anos cada vez mais desejosos de viver intensamente, 
com tudo, por tudo, para tudo, em tudo.
45 anos cada vez mais eu, sem descuidar do "nós".
Porém, desatando os nós que de vez em quando nos 
prendem em nós mesmos.
45 anos com gosto de que venham tantos outros: que a menina que em mim habita permaneça sempre 
comigo, alegrando-me quando a tristeza encontrar a mulher que sou.
Que a mulher que em mim faz morada não solte a mão da menina que sempre serei: a moleca risonha, a 
sonhadora e que só quer de presente da vida um contínuo ato: VIVER!
Obrigada, Senhor, por mais um ano! Sem ti, não faria sentido.


domingo, 2 de dezembro de 2012

Desassossego... Mansidão... Inquietude

Rendendo-me aos apelos do querer... e querendo cada vez mais...


A inquietude não cessou, mas o rebuliço deu lugar à serenidade, há em mim certa calmaria.
Porém, nem tudo fora amansado, deu-se apenas um sopro onde eu queria forte ventania.
Ainda assim, adormeci ao som dos anjos, despertei com a alma alegre e sorridente.
Por me deixar vencer pela tentação, meu querer ganhou forma e agradeceu-me, todo contente.

Reencontrei-me com uma parte de mim perdida, lá longe esquecida, mas viva, intensa.
Já falei não tratar de futuro, só o hoje me interessa, mas a vontade de reviver o ontem é imensa.
Meu corpo dança alegremente, embalado pela melodia de uma saudade vivida.
Mergulhei na fantasia, entreguei-me àquela folia, em meus delírios fui atendida.

Por tanto desejo guardado, a inquietude se mantém firme, uma fogueira flerta comigo a toda hora.
Quero embriagar-me mais deste néctar que me acaricia, nutrir-me deste alimento sem demora.
Tudo em mim ainda chacoalha agitado, nem tudo o que sinto fora de todo esgotado.
Careço gastar toda esta energia, fazer muita estripulia, até sentir meu corpo inteiro saciado.

O desassossego foi acarinhado, mas ainda sofre, pobre coitado, chora a sua agonia.
Deseja mais do que lhe fora ofertado, quer repetir a dose, quer tudo aquilo todo dia.
O corpo descansa amolecido, foi-se um tantinho de inquietude, é verdade, o rebuliço serenou.
Mas tudo em mim grita forte, e toda aquela loucura vivida um gosto de quero mais deixou.