segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O Tempo e o Amor

"Quanto tempo eu perdi sem ti..."


Uma inesquecível cena de novela... década de 1970... Não importa a era, há muito que vida e arte se misturam e se inspiram. Se eu replicasse esta cena, apenas trocaria os papéis... a espera seria minha... 35 anos... Ah... o tempo... mocinho ou bandido? Ou seria um bandido mocinho? Às vezes castiga, ora cura... muitas vezes ensina, aprimora e se apresenta renovado... E o que dizer do amor? Ora parceiro ora adversário do tempo... Ah, o amor... realmente um sentimento extraordinário... Pode surgir no primeiro olhar e logo saber-se reciprocado. Às vezes caminha sozinho... num vai e vem desencontrado, esperando a hora de se sentir aceitado... Fecha-se, acabrunhado e, desolado, busca consolo em outros colos... mas tudo é transitório, tudo é temporário. Outra vez sabendo-se só, ele insiste, teima, persiste, segue firme suas posições, tem total conhecimento de sua essência e, como num verso ritmado, sabe quais as únicas notas que compõem sua melodia... e delas não abre mão... E pode durar 50... 40... 35 anos... amadurecidos, renovados, fortalecidos... Tempo e amor finalmente se dão as mãos, e mesmo que enfrentem algumas nuvens escuras pelo caminho... seus dias agora serão de lua em pleno dia, sol iluminado em meio à madrugada... Se outras vidas tivera, viveria a mesma espera, pois o que bate em mim é assim: finalmente, sinto-me tua e te tenho em mim...

Obrigada, meu amor, por tudo o que me promoves...



sábado, 8 de fevereiro de 2014

A menina que roubava livros e eu...

Um dia encantador... e muitas emoções para guardar na memória...

O dia amanheceu chuvoso, mas o sol brilhava forte dentro de mim logo nas primeiras horas do dia... Sabia que teria a companhia do ser amado, uma história que comecei a escrever ainda menina, com muitas e muitas interrupções ao longo dos anos, e que agora retomo, preenchendo infinitas páginas com o coração carregado de entrega, de alma plenamente embevecida de amor, ternura, cumplicidade e volúpia, com todos os sentimentos renovados a cada encontro... como hoje. Depois do amor desabrochado, de novo, e sempre, um passeio para renovar as energias, e um filme para completar os momentos de emoção.

E ‘a menina que roubava livros’... roubou-me também o coração...


Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/mundoitapema/2014/02/05/a-menina-que-roubava-livros-uma-adaptacao-fiel-para-agradar-a-todos-os-gostos/?topo=52,2,18,,220,77

Jamais havia assistido a um filme, ou mesmo lido um livro, cujo narrador fosse a morte. Jamais imaginei que pudesse despertar simpatia pelo condutor das almas, no seu modo de falar. Não o quero narrando a minha partida tão cedo, mas, daqui a muitos anos, quem quer que seja o narrador, que tenha o mesmo olhar, a mesma sensibilidade, que me conheça por dentro, assim como no filme. Liesel Meminger teve este privilégio. E teve mais... aprendeu a sorrir, quando a vida apenas lhe apresentava o chorar. Descobriu no “trovão” um coração e soube adoçá-lo. Encontrou num tocador de acordeão, já beirando a meia idade, um parceiro de travessuras tão ou mais moleque do que ela. Viveu o primeiro amor sem mesmo saber do que se tratava, e dele se despediu, exatamente quando tomou sentido de sua existência. Reencontrou o irmão perdido num amigo oculto, que aprendeu a ver a vida a partir do seu olhar. A cada perda, Liesel dava as mãos à parceira coragem, enfrentava seus adversários, contava histórias e escrevia a sua própria. Enquanto a observava, apreciando o mórbido narrador, meus olhos, ouvindo o intenso pulsar que saía do meu peito, se expressavam copiosamente, com a única linguagem que eles conhecem... e me fizeram lembrar que, depois de muitas perdas e momentos de tristezas e incertezas, podemos seguir escrevendo a nossa história... Minhas páginas agora têm novas cores, e mesmo com os percalços inerentes à caminhada, têm tuas mãos que as minhas apoiam, o teu abraço que meu ser inteiro acolhe, tem tu, que narras e escreves junto comigo as linhas do livro de nossas vidas...