quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O Meu Pão... a Minha Água...

A melodia é esta...



Mas eu cantaria assim... 


Como o sol no fim do dia
Quando tu bebes meu fogo
E me enches de alegria
Como um rio, como fonte
Como quem mata sua fome
Sua sede de amar
Como o ar da madrugada
Repouso em ti minh’alma cansada
E me perco em fantasia
Como água, como pão
Como é bom viver tudo que vem de ti
É tão lindo o amanhecer
Quando velo o teu dormir

E quando o dia amanhece
Varro as mãos pelo teu corpo
Sinto vibrar teu coração
Nossas formas que se movem
Nossos lábios que beijam
Nossas roupas pelo chão
Como as flores na varanda
Teu perfume está em mim
Entranhado em meu ser
Como água, como pão
Como é bom viver tudo que vem de ti
É tão lindo o amanhecer
Quando velo o teu dormir...
Porque é exatamente o que vivemos... o que vai em mim...

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Amar... (des)amar... (re)amar...

Falar de amor nunca é demais...

[Fonte: https://www.google.com.br]

Não sabemos por que amamos, nós amamos, sentimos que amamos, pensamos ser amor.
Nós não o procuramos, ele nos encontra, nos desarma, brota em nós como a flor.
E então nos encantamos, nos derramamos, nos abobamos, nos desconhecemos.
Se somos fracos, nos fortalecemos; se fortes, enfraquecemos; se aos pedaços, nos refazemos.

Ama-se apenas uma vez? O amor nos chega apenas por uma única oportunidade?
E o recomeçar como é que fica? Se uma parte do amor se rompe, cessou para nós a felicidade?
E se não era amor o que se sentia, apenas uma ponta de alegria que se foi ao romper da aurora?
E se a admiração deu partida, saiu sem despedida, se a química que havia fora embora?

O amor não avisa quando chega, gosta de mostrar-se presente, mas não programa sua partida.
Não duvide que era amor, não julgue o outro se não sabe quão profunda é sua ferida!
O amor não se define, ele existe, é, chega, se aboleta, escancara a sua porta sem pedir licença.
Se você estava preparado, se queria alguém ao seu lado, não importa, para ele não faz diferença.

O amor é assim, cada um o vive a seu modo, o sente diferente, desenvolve por ele um sentido.
Eu o vejo em várias formas, cada uma com suas particularidades, mas só há uma em que acredito.
Em mim certa vez fora plantado, reguei-o solitária por longos anos, nem cria que seria germinado.
Vaguei por entre outras flores, a quem nomeei de amores, mas em mim ele já havia enraizado.

Eu vejo para os outros mil possibilidades, que se (des)amem, (re)amem, se reencontrem amando.
Só não me imagino em outra história, mesmo se o meu amor for embora, viverei por ele vibrando.
E mesmo que doa, que se perca o afeto, que a decepção, do nada, venha fazer morada...
Não há nada mais prazeroso, não há sentir mais gostoso do que se entregar ao amor e mais nada.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Inquietude

Não sou inconstante, mas tenho uma alma que sacoleja em mim a todo instante...

                [Fonte: beijinhosembrulhados.blogspot.com]

Hoje estou inquieta...
Nos pensamentos, nos desejos... sinto meu todo corpo rebulir.
As ideias trafegam em minha mente num desenfreado ir e vir.
O coração atravessa o samba, descompassado e sem cadência.
Os pés balançam descontrolados; de voar os braços têm urgência.

Hoje estou inquieta...
Busco um mundo que não é meu, vagueio por terras desconhecidas.
Mas esta vida já foi minha, creio eu, como posso estar dela esquecida?
Ouço vozes estridentes, não sabe toda esta gente que melhor ouve quem mais cala?
Intolerante estaria eu, que das raras virtudes que carrego a paciência é a que mais fala?

Hoje estou inquieta...
Não é de todo um sentimento ruim, é uma vontade de viver não sei o quê.
É uma angústia voraz que me atormenta, uma sede insaciável de querer.
Penso em ti, encontro a calma, mas a minh’alma agitada anseia muito mais.
Quer de ti o teu afago, tomar tua boca, num só trago, em teu colo encontrar a paz.

Hoje estou inquieta...
Se chove lá fora, em mim faz sol; se o sol se abre inteiro, deságua em mim um toró.
Inquieta e inconstante, sorrio e choro num só momento, em meio ao povo me vejo só.
Quero ter-te ao meu lado, sentir teu cheiro, teu abraço, em tuas curvas me perder.
Quero teu olhar que me despe, teu corpo que o meu acolhe, me faz todo dia renascer.

Ai de mim, se não me inquieto, se não debulho em versos o que vai no meu sentir.
Ai de mim, não fosse o amor que carrego no peito, não fosse tu, que alimentas o meu sorrir.

sábado, 3 de maio de 2014

Maktub

Jamais compreenderemos, mas, desde que nascemos, tudo já está para nós escrito...




Estava escrito que assim seria, mas precisou de uma longa espera para finalmente ser. Estava escrito que viveríamos a nossa história, mas tivemos que cruzar muitas avenidas, viver algumas alegrias, sim, atravessar algumas marés revoltas, também. Estava escrito que não seria fácil, mas que a cada momento juntos, viveríamos nosso sentimento intensamente, como se cada instante fosse o último e com a promessa de renová-lo sempre... até o fim.

Maktub... mas jamais podemos ou sabemos ler o que sobre nós está escrito... E vamos vivendo... esperando... desejando... desistindo em alguns momentos... tentando tantas outras vezes. Maktub... se o sentimento era amor... amor continuará sendo... e sempre será... Enquanto, de fato, não vivido, ele sempre voltará ao ponto de partida, far-se-á presente sempre, persistirá...

Maktub... que valeria a pena a espera, e mesmo arrefecendo de vez em quando, se dando a chance de aventurar-se em outras estradas, seguir amando e acreditando no caminho que para nós estava escrito nos traria a recompensa do agora vivido... e tão inteiro, entregue e intensamente...

Estava escrito... que eu te amaria até o fim da vida... Maktub... que eu ser-te-ia eternamente grata por me promoveres este amor, que nasceu em mim ainda menina, que me tornou mulher na maturidade, que me permites vivê-lo em sua total plenitude.

Obrigada, meu amor...por tudo... pelo dia, pelo amor que fazemos, pelo colo que trocamos, pela cumplicidade que nos estabelecemos, pelos instantes mágicos que me presenteias, por estar em ti e viveres em mim... Agora eu sei... Maktub...

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Meu vinho eterno...

Como a uva que espera a colheita para se dar em sua melhor forma... somos hoje nosso melhor e mais apurado vinho...


                                   [Fonte: Art of Woman]

Sabe, você tem um jeito todo especial de me mostrar que ama
Tem este seu jeito de me ter como na primeira vez
Você vive há tempos nos meus sonhos, desde lá do meu passado
Sabe, amor, eu sempre quis seguir a vida inteira do seu lado

Sabe, cada vez que estamos juntos, eu sinto este amor eterno
Seu corpo inteiro me aquece, me protege e é tudo o que eu quero
Nosso amor é bem melhor que vinho antigo, nosso sabor é diferente
Felicidade é viver hoje, até perder as horas, o que a gente sente...

A ti, meu amor... por resgatares a menina que te amou ao primeiro olhar, pela mulher que se desabrochou um dia em teus braços, pelo futuro tão esperado que tornaste presente...


Do vinho antigo de Biafra ao meu vinho eterno...





Os Livros e Eu

E no Dia Mundial do Livro...

               [Fonte: Aisemann, J. (2014)]

23 de abril é o Dia Mundial do Livro... muitos passaram em minhas mãos e me marcaram profundamente. Autores diversos, histórias incríveis... Elencar um que me marcou a vida é impossível, mas eu diria que é possível extrair de cada um uma marca para algum aspecto importante do que sou... do que busco...

Em Perdas & Ganhos (Lya Luft): aprendi a apreciar a maturidade e reconhecer que, embora os traços desta sejam visíveis, ela nos torna melhores... especialmente por dentro.

Amor de Perdição (Camilo Castelo Branco): aqui, conheci o amor que nem a morte separa... aliás... que se une na morte para, enfim, ter vida.

Chorei... chorei... chorei muito Quando Nietzsche Chorou (Irvin Yalom) e entendi as angústias que rondavam minh'alma... e ainda estão aqui...

Em Verônica Decide Morrer (Paulo Coelho), compreendi que há sanidade na loucura.

Na Margem do Rio Piedra eu (também) Sentei e Chorei (Paulo Coelho)... pelo não vivido, pelos instantes mágicos perdidos, pela felicidade, que, embora muitas vezes diante do nariz, seguimos buscando-a além de nós...

Em Muito Além do Corpo (Luzilá Gonçalves Ferreira, minha ex-professora e tão amada mestra), em meio ao "Eu", o "Ele", o "Tu"... eu sonhava com o "Nós"... e descobri a vontade de escrever, que venho buscando aprimorar ao longo dos anos... Desde então pensei: 'ainda hei de narrar a minha própria história'... Embora isto tenha se dado há pelo menos duas décadas, ainda não virou livro, mas já se debruça num conto, que será lançado em 02 de maio próximo...

Vivo algumas horas do dia (manhã e noite) em meio aos Narnianos, Telmarinos, Galmarinos, Carlomanos, elfos, náiades, dríades, centauros (tão eu), magia, fantasia... e me vejo em suas aventuras, muito mais ricas, emocionantes e apreciativas do que aquelas que vivo, de fato, no dia a dia, sem querer, sem pedir, sem gostar... sem ter o que apreciar... partilhar... Viva C.S. Lewis, e suas Crônicas de Nárnia!

Ahhh...Há ainda uma gama de livros que costura a colcha de retalhos que hoje sou... e que nunca haverá de estar completa, porque, no mundo da leitura e da escrita, da fantasia, da emoção... enquanto este velho e inquieto peito bater acelerado... enquanto a alma viver... fui início, sou meio... mas não findarei jamais...

domingo, 13 de abril de 2014

Está quase chegando a hora...

A nossa história ganhando as páginas de um livro...



Está quase chegando a hora... a nossa história virou conto, ganhou as páginas de um livro. Curioso é que será lida em primeira mão por falantes de outra língua... a minha segunda língua. Percorrerá os salões de Genebra e os leitores saberão porque tanto falo de ti, porque minhas letras são tão carregadas de magia, de mistério... porque tanto exalto este amor.

Está quase chegando a hora... e justamente em maio, um mês envolto aos enlaces, o nosso conto, há tanto tempo concebido, nascerá e ganhará o mundo, tocará corações de gente de toda a terra. O que se deu em mim quando ainda menina cresceu, amadureceu, sofreu a espera, a distância, as dores, os desenganos... e permanece vivo... e cresce a cada dia, especialmente porque agora caminha em tua companhia.

Está quase chegando a hora... e no Varal Antológico 4[1], dia 02 de maio, "A nossa história: começo, meio e... segue..." estreará pelos corredores do 28o Salão de Literatura e da Imprensa (Genebra-Suíça) e de lá saber-nos-ão... compreenderão que depois de muitas perdas e momentos de tristezas e incertezas, finalmente podemos seguir escrevendo a nossa história... E novamente posso dizer que... Minhas páginas agora têm novas cores, e mesmo com os percalços inerentes à caminhada, têm tuas mãos que as minhas apoiam, o teu abraço que meu ser inteiro acolhe, tem tu, que narras e escreves junto comigo as linhas do livro de nossas vidas...


[1] Aisemann, J. (Org.). Varal antológico 4. Jaraguá do Sul: Desing Editora Ltda, 2014.

domingo, 9 de março de 2014

Eu sei que vou te amar... por toda a minha vida...

...amo-te inteiro e tanto... e sempre...


Hoje é o teu dia, tanta coisa contigo eu queria, dedicar a ti alguns versos, soltar a voz e cantar.
Quero sentir teu toque ardoroso, teu beijo gostoso, dançar contigo uma valsa, o teu corpo abraçar.
Contigo, meu sorriso é radiante, sinto-me inteira, vibrante, teu olhar me tonteia, teu cheiro me entorpece.
Quando dormimos lado a lado, meu ser é só alegria, feliz é o dia que para mim amanhece.

Não consigo te tirar do pensamento e é tão forte em alguns momentos que posso até te sentir.
Meu corpo estremece, um arrepio percorre a espinha, teus sussurros e suspiros começo a ouvir.
É sempre assim que acontece, mesmo quando distante, imaginar-te em mim sou capaz.
Tu celebras nova vida, muitas etapas vencidas, mas é a mim que agracias, felicidade me dás.

Se eu fosse escolher para ti uma cantiga, não seria muito difícil adivinhar.
Cantaria com o peito inflamado, a alma embevecida, os olhos marejados: ‘eu sei que vou te amar’.
És o meu amor desde menina, cresci desejando-te a cada dia, em teus braços descobri-me mulher.
Não preciso muito, sabes bem, ao olhar-te meus olhos brilham, o coração não titubeia: é a ti que ele quer.

 Agradeço aos céus por este sentimento, ora vida ora tormento, mas minha eterna fonte de inspiração.
Por ti faço uma prece: Deus te conceda muitos anos de vida, preencha de contentamento teu coração.
Independente do que nos reste na vida, que a gente siga cumprindo o que um ao outro prometeu.
Não há nada mais iluminado em minha vida do que estar ao teu lado, ser tua e ter-te meu.

Feliz aniversário, meu amor!

Amo-te inteiro e tanto e sempre...
A cada encontro, a cada volta, a cada espaço de tempo em que distantes estamos.
Amo o teu corpo, onde o meu descansa, e o calor que sinto em tua boca.
Amo a magia do estar ao teu lado e o repouso tranquilo depois de ter-te e tu a mim.
Amo o mistério que se fez em nossas vidas:
Nosso tempo de inocência, nossas trocas de olhares na adolescência...
Nossos caminhos separados, inevitavelmente sempre cruzados.
As idas e vindas dos anos, as alegrias, os desenganos e o destino astutamente sempre nos juntando.
Amo lembrar-me do nosso primeiro beijo, da minha espera até o feliz momento de me tomares numa entrega inteira para ti.
Amo a incerteza de jamais me pertenceres, e mais ainda a certeza de que sempre serei tua.
Amo o teu olhar que me despe e as tuas mãos que em mim tão deliciosamente deslizam.
Amo a dor quando me adentras e o delírio quando em mim derramas o teu gozo.
Amo o amor que fazemos, o modo de me teres tua.
Amo a expectativa do reencontro, e ainda mais a tua chegada.
Amo tua voz, teus beijos, teu sorriso, teu colo, teus suspiros, teu silêncio...
Teu enrosco em meu pescoço, tua companhia, tua ironia, tua simplicidade, tua autenticidade...
Teu cuidado, teu carinho, teu toque...
Amo-te inteiro e tanto... e sempre... Corpo, alma e coração.


[E... Eu sei que vou te amar, por toda a minha vida eu vou te amar...]

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O Tempo e o Amor

"Quanto tempo eu perdi sem ti..."


Uma inesquecível cena de novela... década de 1970... Não importa a era, há muito que vida e arte se misturam e se inspiram. Se eu replicasse esta cena, apenas trocaria os papéis... a espera seria minha... 35 anos... Ah... o tempo... mocinho ou bandido? Ou seria um bandido mocinho? Às vezes castiga, ora cura... muitas vezes ensina, aprimora e se apresenta renovado... E o que dizer do amor? Ora parceiro ora adversário do tempo... Ah, o amor... realmente um sentimento extraordinário... Pode surgir no primeiro olhar e logo saber-se reciprocado. Às vezes caminha sozinho... num vai e vem desencontrado, esperando a hora de se sentir aceitado... Fecha-se, acabrunhado e, desolado, busca consolo em outros colos... mas tudo é transitório, tudo é temporário. Outra vez sabendo-se só, ele insiste, teima, persiste, segue firme suas posições, tem total conhecimento de sua essência e, como num verso ritmado, sabe quais as únicas notas que compõem sua melodia... e delas não abre mão... E pode durar 50... 40... 35 anos... amadurecidos, renovados, fortalecidos... Tempo e amor finalmente se dão as mãos, e mesmo que enfrentem algumas nuvens escuras pelo caminho... seus dias agora serão de lua em pleno dia, sol iluminado em meio à madrugada... Se outras vidas tivera, viveria a mesma espera, pois o que bate em mim é assim: finalmente, sinto-me tua e te tenho em mim...

Obrigada, meu amor, por tudo o que me promoves...



sábado, 8 de fevereiro de 2014

A menina que roubava livros e eu...

Um dia encantador... e muitas emoções para guardar na memória...

O dia amanheceu chuvoso, mas o sol brilhava forte dentro de mim logo nas primeiras horas do dia... Sabia que teria a companhia do ser amado, uma história que comecei a escrever ainda menina, com muitas e muitas interrupções ao longo dos anos, e que agora retomo, preenchendo infinitas páginas com o coração carregado de entrega, de alma plenamente embevecida de amor, ternura, cumplicidade e volúpia, com todos os sentimentos renovados a cada encontro... como hoje. Depois do amor desabrochado, de novo, e sempre, um passeio para renovar as energias, e um filme para completar os momentos de emoção.

E ‘a menina que roubava livros’... roubou-me também o coração...


Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/mundoitapema/2014/02/05/a-menina-que-roubava-livros-uma-adaptacao-fiel-para-agradar-a-todos-os-gostos/?topo=52,2,18,,220,77

Jamais havia assistido a um filme, ou mesmo lido um livro, cujo narrador fosse a morte. Jamais imaginei que pudesse despertar simpatia pelo condutor das almas, no seu modo de falar. Não o quero narrando a minha partida tão cedo, mas, daqui a muitos anos, quem quer que seja o narrador, que tenha o mesmo olhar, a mesma sensibilidade, que me conheça por dentro, assim como no filme. Liesel Meminger teve este privilégio. E teve mais... aprendeu a sorrir, quando a vida apenas lhe apresentava o chorar. Descobriu no “trovão” um coração e soube adoçá-lo. Encontrou num tocador de acordeão, já beirando a meia idade, um parceiro de travessuras tão ou mais moleque do que ela. Viveu o primeiro amor sem mesmo saber do que se tratava, e dele se despediu, exatamente quando tomou sentido de sua existência. Reencontrou o irmão perdido num amigo oculto, que aprendeu a ver a vida a partir do seu olhar. A cada perda, Liesel dava as mãos à parceira coragem, enfrentava seus adversários, contava histórias e escrevia a sua própria. Enquanto a observava, apreciando o mórbido narrador, meus olhos, ouvindo o intenso pulsar que saía do meu peito, se expressavam copiosamente, com a única linguagem que eles conhecem... e me fizeram lembrar que, depois de muitas perdas e momentos de tristezas e incertezas, podemos seguir escrevendo a nossa história... Minhas páginas agora têm novas cores, e mesmo com os percalços inerentes à caminhada, têm tuas mãos que as minhas apoiam, o teu abraço que meu ser inteiro acolhe, tem tu, que narras e escreves junto comigo as linhas do livro de nossas vidas... 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Casamento

O casamento mais importante é o amor, a companhia... [Lutero – Amor à vida]

                                                   
                                                [Foto: Art of Women]

O casamento... da forma que leio...

É quando um tem no outro o colo, o abrigo, a amizade cuidadosa e ocupada, um do outro, o companheirismo, a cumplicidade, a paixão ardorosa, que alimenta a volúpia, tão necessária, também, à convivência... é quando um e outro se permitem viver, se entregam, sem cobranças, sem rótulos, sem o sentimento de posse, mesmo sabendo se pertencerem... um ao outro... É quando a saudade é a todo tempo, e ao mesmo tempo, sanada e constante... é quando se fecha os olhos e se sente o toque do outro, mesmo que distantes... e cada reencontro é celebrado como se fora o primeiro, como se não existisse nova chance...

É quando me olho e te vejo, quando meu sorriso traduz meus sentimentos... quando alcanças o que digo mesmo que permaneça em silêncio... quando te sinto e te enxergo por dentro... quando simplesmente cruzamos nossos olhares, nos abraçamos e nos entendemos.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ser tua, ter-te meu... eu queria...

Meus pensamentos te trazem a mim... serás meu... tua serei...



[Foto: Art of Women]

Queria cantar-te em versos, mas não consigo traduzir em palavras meus sentimentos.
Queria falar de saudade, que estar contigo me traz felicidade, te quero a todo momento.
Queria tirar-te do pensamento, acariciar a tua pele macia, fazer teu peito vibrar.
Queria comungar do teu sorriso, sentir teu cheiro eu preciso, teus lábios a me sugar.

Teus braços fortes, teu jeito dúbio, manso ou voraz, o que vem de ti eu queria.
Teus olhos que me despem, tuas mãos que me percorrem, tua boca que me sacia.
Teu jeito desconcertado, teu pulsar descompassado, ter-te em mim eu queria.
Teu respirar desassossegado, teu ser de mim esfaimado, teu suor que me inebria.

Queria viver todas as fantasias, loucuras, sedução, alegria, levar-te a entorpecer.
Queria amar-te bem agora, amanhã e depois, a toda hora, em ti inteira me perder.
Queria refrescar teu calor com meus beijos, teus cabelos grisalhos desalinhar.
Queria te contar dos meus desejos, tatuando-me em teu corpo, sem nada pronunciar.

Meu chamado te alcança, nos prometemos nova dança, nos amarmos sem demora.
Minha volúpia sedenta te convida a mais uma página escrita no livro de nossa história.
Meu coração grudou ao teu e só repete o ‘tum’ porque o teu responde do outro lado.
Minha vida atrelou-se a tua, viverei por te querer, com este amor ao meu peito atado.