Falar de amor nunca é demais...
[Fonte: https://www.google.com.br]
Não sabemos
por que amamos, nós amamos, sentimos que amamos, pensamos ser amor.
Nós não o procuramos,
ele nos encontra, nos desarma, brota em nós como a flor.
E então nos
encantamos, nos derramamos, nos abobamos, nos desconhecemos.
Se somos
fracos, nos fortalecemos; se fortes, enfraquecemos; se aos pedaços, nos
refazemos.
Ama-se apenas
uma vez? O amor nos chega apenas por uma única oportunidade?
E o recomeçar como
é que fica? Se uma parte do amor se rompe, cessou para nós a felicidade?
E se não era
amor o que se sentia, apenas uma ponta de alegria que se foi ao romper
da aurora?
E se a
admiração deu partida, saiu sem despedida, se a química que havia fora embora?
O amor não
avisa quando chega, gosta de mostrar-se presente, mas não programa sua
partida.
Não duvide que
era amor, não julgue o outro se não sabe quão profunda é sua
ferida!
O amor não se
define, ele existe, é, chega, se aboleta, escancara a sua porta sem pedir
licença.
Se você estava
preparado, se queria alguém ao seu lado, não importa, para ele não faz
diferença.
O amor é
assim, cada um o vive a seu modo, o sente diferente, desenvolve por ele um
sentido.
Eu o vejo em várias formas, cada uma com suas particularidades, mas só há uma em que
acredito.
Em mim certa
vez fora plantado, reguei-o solitária por longos anos, nem cria que seria
germinado.
Vaguei por
entre outras flores, a quem nomeei de amores, mas em mim ele já havia
enraizado.
Eu vejo para
os outros mil possibilidades, que se (des)amem, (re)amem, se reencontrem
amando.
Só não me
imagino em outra história, mesmo se o meu amor for embora, viverei por ele
vibrando.
E mesmo que
doa, que se perca o afeto, que a decepção, do nada, venha fazer morada...
Não há nada mais prazeroso, não há sentir mais gostoso do que se entregar ao amor e mais nada.