...não
importam as pedras do caminho, se estiveres lá ao final.
[Fonte: Art of Woman]
Quero falar o que sinto, mas os sentidos se perdem em minha mente,
assim, meio sem rumo.
Eu fecho os olhos e te vejo; ouço meu coração gritar teu nome e, de
susto, perco o prumo.
Penso na noite mal dormida, na tristeza por tua partida, em meu corpo,
cujos anseios se calaram.
Vagueio pelas ruas buscando o roçar da tua pele, guiada pelo teu cheiro
que as flores exalam.
Recordo o instante ao teu lado, meu corpo ao teu colado, e o vazio que
deixas a cada despedida.
Vives em mim desde outrora, entristeço-me se demoras, sem teu sorriso
fico perdida.
Sigo devaneando pelo caminho, procurando tuas mãos, e tropeço na
lembrança do teu beijo.
Neste momento, preciso retomar a consciência – menina, tome tenência! Aquiete
seu desejo!
Afastar-te do meu pensar não consigo, falo sozinha, que riam, não ligo,
o que pensam não importa.
Eu te amo sem medida, tens em tuas mãos a minha vida, escancarada, sem
janela nem porta.
Diminuo os passos para alongar o caminho, não vou mudar o pensamento
ou entregar-me à rotina.
Tu me alimentas de emoção mesmo distante, é visível em meu semblante, meu
rosto se ilumina.
Meu pensar te alcança e tua voz se materializa; desta vez, o tropeço
quase me leva ao chão.
Ouviste o meu chamado? Sentiste meu cheiro em tua pele grudado? Pulsou
no teu o meu coração?
Se o caminho é longo ou breve, largo ou estreito, agora isto não tem mais
valia.
Ao ouvir-te, sorriu a minh'alma, teu 'bom dia' me trouxe calma, saber-me em ti é minha alegria.