[Foto: Art of Woman]
Os tombos vêm
e nos dizem: “levante-se! Seja forte!”
Todos têm uma
receita, há sempre quem indique um norte.
Você tenta seguir
com firmeza, segurar o sorriso, manter-se de pé.
Fala para si
mesmo: "_já levei rasteiras piores, não é agora que perderei a fé!".
A noite traz o
vazio, a solidão, as sombras lhe cegam, seus olhos escurecem.
O sono não lhe
revelou um sonho bom, nada de novo surgiu, as respostas entristecem.
O dia amanhece
tristonho, o sol desponta esfuziante, mas a nuvem que o encobre é escura.
Você dobra os
joelhos e ora, uma saída implora: “liberta-me, oh, Senhor, desta amargura”!
A angústia lhe
invade o pensamento, o desespero se apresenta, você recua, fraqueja.
Você pensa nas
batalhas travadas, nas vitórias já alcançadas, e insiste continuar na peleja.
O cansaço às
vezes se apresenta, a sua força afugenta, esta luta lhe parece difícil de
vencer.
Mas você, que
sempre agiu como um bravo, suportou tanto agravo, não deve deixar se abater.
A incerteza
desabilita a sua crença, “estou com medo!”, você pensa, se sente sufocar.
Há um Deus
vivo em seu coração, que nunca a deixará na mão, você precisa acreditar.
“Coragem!” –
grita para si mesmo; de novo retruca: “não se apresse, que Deus vai lhe ouvir!”
Sua hora virá,
não desista e verá, que se agora a agonia perdura, perecerá no porvir.
Nada é eterno,
nem o bem nem o mal, nem a chuva, nem o sol, nem o choro, nem o riso.
Se hoje houve derrota, foi só um combate, sua luta será de vitórias: acreditar nisto é preciso.