O dia amanheceu chuvoso, mas o sol brilhava forte dentro de mim logo nas primeiras horas do dia... Sabia que teria a companhia do ser amado, uma história que comecei a escrever ainda menina, com muitas e muitas interrupções ao longo dos anos, e que agora retomo, preenchendo infinitas páginas com o coração carregado de entrega, de alma plenamente embevecida de amor, ternura, cumplicidade e volúpia, com todos os sentimentos renovados a cada encontro... como hoje. Depois do amor desabrochado, de novo, e sempre, um passeio para renovar as energias, e um filme para completar os momentos de emoção.
E ‘a menina que roubava livros’... roubou-me também o coração...
Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/mundoitapema/2014/02/05/a-menina-que-roubava-livros-uma-adaptacao-fiel-para-agradar-a-todos-os-gostos/?topo=52,2,18,,220,77
Jamais
havia assistido a um filme, ou mesmo lido um livro, cujo narrador fosse a
morte. Jamais imaginei que pudesse despertar simpatia pelo condutor das almas,
no seu modo de falar. Não o quero narrando a minha partida tão cedo, mas, daqui
a muitos anos, quem quer que seja o narrador, que tenha o mesmo olhar, a mesma
sensibilidade, que me conheça por dentro, assim como no filme. Liesel Meminger
teve este privilégio. E teve mais... aprendeu a sorrir, quando a vida apenas
lhe apresentava o chorar. Descobriu no “trovão” um coração e soube adoçá-lo. Encontrou
num tocador de acordeão, já beirando a meia idade, um parceiro de travessuras tão
ou mais moleque do que ela. Viveu o primeiro amor sem mesmo saber do que se
tratava, e dele se despediu, exatamente quando tomou sentido de sua existência.
Reencontrou o irmão perdido num amigo oculto, que aprendeu a ver a vida a
partir do seu olhar. A cada perda, Liesel dava as mãos à parceira coragem, enfrentava
seus adversários, contava histórias e escrevia a sua própria. Enquanto a
observava, apreciando o mórbido narrador, meus olhos, ouvindo o intenso pulsar
que saía do meu peito, se expressavam copiosamente, com a única linguagem que
eles conhecem... e me fizeram lembrar que, depois de muitas perdas e momentos
de tristezas e incertezas, podemos seguir escrevendo a nossa história... Minhas
páginas agora têm novas cores, e mesmo com os percalços inerentes à caminhada,
têm tuas mãos que as minhas apoiam, o teu abraço que meu ser inteiro acolhe,
tem tu, que narras e escreves junto comigo as linhas do livro de nossas vidas...
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