...não, o amor não é
controverso. O amor é amor... em sua plenitude
Quem definiu o amor? Quem o conseguiu decifrar? Ama-se por quê? Por que
se deve amar?
Quem compreende os limites do amor, do amar? Amar tem limites? O que o
amor deve limitar?
Justificam-se más atitudes em nome do amor; e tudo em nome do amor
justificar é possível?
Diz-se amor, mas é posse; diz que ama, mas invade, ameaça; acaso seria
isto compreensível?
Como descrever um sentimento que suporta, tolera, a tudo espera, com paciência?
Como tolher os seus sonhos, atropelar suas vontades e ainda manter sua
resiliência?
Como ser o ouvido que a tudo escuta, ser o colo que acalenta, deixando
em silêncio a sua dor?
Que nome dar a tal sentimento, que aquieta no outro o seu tormento, senão
o de “Amor”?
O amor é algo divino, o sustentáculo dos demais sentimentos, todos
carregados de benesse.
Amar é promover a paz, reacender o desejo a cada dia, agradecer ao amor
do outro numa prece.
Amar é entregar-se às escuras, permitir-se loucuras, abraçar em ti a tristeza,
o que te traz calma.
O amor é um ser que não tem face, que dentro do peito nasce, toma conta
do corpo, afaga a alma.
Como pode ser amor, se a felicidade do outro não importa, se o que vale
é o que se quer?
Por que imprimir uma vontade, se desconhece o altruísmo que um
verdadeiro amor pode ter?
Como chamar de amor o que impede no outro a liberdade, lhe tira o
sossego, lhe rouba a paz?
Analise o seu sentir, não ouse mentir nem blasfeme de um sentimento do qual não saberá jamais.
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