...não
há como traduzir o que vem depois de nós...
[Foto: Art of woman]
Confusos estão meus pensamentos, regozijo ou tormento, nada que se
possa explicar.
Divago em momentos vividos, em desejos atendidos, no grito que eu não
podia mais silenciar.
Vagueio por cheiros que ainda me inebriam, no teu beijo que guardei na
minha boca.
Sinto um calafrio, os meus poros todos se arrepiam, é verdade, não estou
louca.
Fecho os olhos e posso ver-te varrendo meu corpo inteiro com o brilho
do olhar.
Sinto tuas mãos me percorrendo, nosso suor escorrendo, nossa viagem se
iniciar.
Sorrio sozinha de contentamento, revivo todo aquele momento, ainda está
aqui aquela emoção.
Ouço a tua voz ao meu ouvido, tento conter o gemido, posso sentir o
pulsar do teu coração.
Diz-me que ao me olhares ainda menina, juraste que eu seria tua algum
dia.
Digo-te que estavas certo, te pertenço desde sempre, ser tua é minha
alegria.
Como um ser alado, alço um voo descontrolado, esbarro em nuvens
desconhecidas.
Pouco importa o destino, que digam que é desatino, há muito que em ti
estou perdida.
Com teu jeito dúbio, ora manso, ora voraz, tudo em ti me apraz, me
preenche, me fascina.
O teu encaixe é perfeito, a soma certa, não tem jeito, és meu carma,
minha sina.
Os sinos dobram, posso ouvir, transbordo inteira de felicidade, há
magia em meu sentir.
Vou dormir ao som dos anjos, acordar de alma leve e tudo em mim com gosto de ti.
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