quarta-feira, 19 de junho de 2013

De volta à menina que fui

De volta à menina que um dia se descobriu amando...


                                     [Foto: Art of Woman]

Era uma menina de onze anos
Cheia de medos e desenganos
Aquele moço que eu conheci
Vive até hoje dentro de mim

Lá no começo nem eu sabia
O que era aquilo que eu sentia
Passou um tempo até descobrir
Que era amor o que estava ali

Mas foram anos de desencontros
Muita tristeza e desencantos
Viveram outras histórias, construíram impérios
Mas o que sentiam um pelo outro era muito sério

Cabelos grisalhos lhes cobrem a cabeça
Amadureceram, conheceram a tristeza
Só um brindou à nova geração
O outro traz este vazio no coração

Parece sonho, um frio estranho na espinha
Depois de anos, quase se acostumando a viver sozinha
De volta o medo por tanta entrega
Afinal, são anos de muita espera

Porém, as emoções são novas, são diferentes
Há muita descoberta, a alma está contente
Somente agora posso dizer
Que o amor de fato pode acontecer

Receio ainda em cantar a verdade
Mas o amor está aqui, vivemos felicidade
Aquele moço há muitos anos eu espero
Com ele eu vivo tudo, com ele tudo eu quero...

Era uma menina de onze anos, sentindo algo bem inocente
Sou uma mulher vivendo hoje os sonhos de adolescente
Aquele moço com quem eu sonhava todos os dias
Hoje se transforma em realidade, é a minha alegria

Não sei ao certo se estamos construindo uma nova história
Mas o nosso sentimento está aqui, ficou guardado na memória
Eu o amo intensamente e nem quero saber se a recíproca é verdadeira
É este homem que habita em mim desde sempre que eu quero para a vida inteira...


“[...] E é como se eu despertasse de um sonho
Que não me deixou viver
E a vida explodisse em meu peito
Com as cores que eu não sonhei
E é como se eu descobrisse que a força
Esteve o tempo todo em mim
E é como se então de repente eu chegasse
Ao fundo do fim
De volta ao começo
Ao fundo do fim
De volta ao começo...”

De volta à menina que um dia se descobriu amando... e vivendo...



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