sábado, 12 de janeiro de 2013

Significando os nossos mundos

Quando em mim, quando em ti somos um só...


Quando em meu mundo tu te achegas, tudo para, não há mais nada lá fora.
Nosso momento é aqui, completamos um ao outro, nosso tempo é agora.
Neste instante tu e eu somos um, nos percebemos até de olhos fechados, somos inseparáveis.
Nossos lábios ardentes se unem, nossas conversas são longas, nos dizemos coisas amáveis.

No mundo dos outros, estranhos somos nós, um aqui, outro acolá, perdemos nossa intimidade.
Os carinhos rareiam, as mãos se desencontram, agimos como infratores da própria felicidade.
Eu continuo a te querer, tu te insinuas conquistar-me, mas o evento pede dissimulação.
Este mundo não me cabe, me aflige, atordoa, sufoca, me leva ao encontro da desilusão.

Quando em teu mundo estás, eu sou silêncio, sou voo solo em teus sonhos, em teu pensamento.
Sou a tua fala tolhida, a que não pode ser pronunciada, ter-me distante é o teu tormento.
Sou a lembrança guardada em gavetas, num saquinho no fundo do armário ocultada.
Sou o teu desejo contido no teu semblante esquisito, a memória do celular apagada.

Em meu mundo tu fazes festa, sorris alto, ensaias comigo uns passos de dança.
Podemos esbanjar alegria, vivemos nossa fantasia, teu corpo no meu suavemente descansa.
O meu mundo se faz nosso, somos tu e eu amantes entregues aos desejos, ao amor.
Não nos atentamos para rótulos, vivemos intensamente nossa história, sem lamentos nem pudor.


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