quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Explosão de Sentimentos

O meu vulcão interior a um passo da erupção...


Uma confusão de sentidos toma conta de mim neste momento, atordoando todo meu ser.
Tem desejos, fantasias, tem angústia, tem nostalgias, se tem nome, ainda não sei dizer.
Um compasso desajustado dentro do peito, um zumbido no ouvido, um remoer de pensamento.
Um tremer inquietante no corpo inteiro, uma vontade de não sei o quê remexendo aqui por dentro.

Quero correr, paraliso; quero respirar, o ar não alcanço; é de ti que preciso; quero gritar, emudeço.
Quero buscar, a mão recua; quero me entregar, o corpo não se move; é da falta de ti que padeço.
Sinto-me derreter, um arrepio me contrai; busco a concentração, vejo o teu corpo que me chama.
Meus lábios querem sorrir, mas se põem a tremer; volvo os olhos e nos percebo em nossa cama.

Tenho sede da tua boca, fome do teu corpo, tenho gana de estar contigo, estou prestes a explodir.
Não posso, não devo, preciso mudar este enredo, não quero te desejar sem ter como te sentir.
Tenho medo dos meus delírios, mas quero viver este rebuliço; é devaneio, mas preciso realizar.
Vem depressa, não espera romper a aurora, quero ser tua agora, sem demora, em qualquer lugar.

O que sinto não tem nome, mas a escrita está clara, sou eu escancarada, basta ler e me verás.
Esta agonia tem teu rosto, teus olhos confusos, teu beijo ardente; se me chamares, me terás.
Unes à minha a tua chama, incendeia-me neste fogo, meu vulcão adormecido implora o sopro teu.
Quero matar esta ansiedade, mandar embora a saudade, ser completamente tua e ter-te todo meu.


[Dando voz ao vulcão que habita em mim...]


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