segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

(Des)Encontros pronominais


Tu, Eu, Nós...


Tu... o meu equilíbrio, a minha desarmonia, meu bem-estar, a minha agonia.
Tu... as minhas noites em claro, a minha sombra em dias quentes, meu pesadelo, a minha alegria.
Tu... o meu desassossego, a minha euforia, meu desespero, a minha loucura, a minha calma.
Tu... o mais alto ponto do meu prazer, minha sede constante de amar, o alimento da minha alma.

Eu... a espera adolescente, o frisson a cada encontro, as lacunas na história mal construída.
Eu... a dor na tua ausência, o sorriso aberto em teus braços, o choro preso a cada despedida.
Eu... a que te sente mesmo distante, a solidão se silencias, o delírio ofegante, o amargo sabor.
Eu... a tua entrega verdadeira, o sonho de ter-te a vida inteira, passado e presente, coragem, temor.

Nós... intensa magia, o perfume que inebria, doce mistério, fantasia, pura ternura no olhar.
Nós... o encaixe perfeito, o pulsar compassado no peito, o desejo que se entende sem falar.
Nós... a cumplicidade dos corpos, o meu gemido é o teu riso, o que sentes é o que grito.
Nós... a sutileza dos afagos, o que vivemos ao longo dos tempos, o que não precisa fazer sentido.

Tu... não importa o que será o outro dia, és a minha folia, em tua direção segue meu caminhar.
Eu... o coração acelerado, a vontade de ter-me comigo, o querer-te em mim como o sol quer o luar.
Nós... a cama, nossos lugares prediletos, nossas tardes no sofá, os segredos em nossos lençóis.
Tu e Eu... místicos sentimentos que pelos poros sangram, infinita construção do que somos nós.


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