segunda-feira, 28 de março de 2016

Será a crise...?

Pensando cá... com meus botões e fechos-éclair...

[Fonte: www.informamidia.com.br]


A cada dez frases proferidas nos últimos meses, em nove delas encontramos o bordão: ‘é a crise’! As pessoas me pedem orçamento para revisão de produções acadêmicas, e mesmo depois de negociados os descontos, justificam sua ‘penúria’ com o tal de: “é a crise!” Muitos, de fato, se encontram em situação de pouca monta. Outros, no entanto, não valorizam o trabalho alheio e escondem a sua ‘parcimônia’ por detrás do internalizado mote.

A crise é fato, ela existe. Muitos setores foram afetados, o crescimento tartaruga em seus passos, embora eu tenha cá pra mim que há muito caroço por baixo deste angu. De minha parte, eu confesso que não a sinto. Eu não a vivo. Nada mudou em minha vida. Não há diferença entre o antes e durante a crise em meu viver. Não deixei de viver ou consumir nada do que tive vontade e precisei. Em alguns casos, até, extrapolei. É certo que batalho para isto, mas se batalho é porque batalhas não me faltam, graças a Deus!

Observando o entorno, eu também não vejo o imperar da bendita crise, tal como a propagam e tentam incutir na mente do povo... sobretudo do mais ingênuo. No meu ambiente de trabalho, se ela quis entrar, não lhe abriram as portas, porque o crescimento por estas bandas segue seu caminho com passos firmes, largos, contínuos e longe, bem longe de estagnação. Os meus amigos continuam viajando, comprando, se alimentando bem, procurando investir... crescendo. Vejo bares e restaurantes repleto de pessoas, shoppings abarrotados, supermercados com filas a dar com o pau e não tenho conhecimento de um show adiado por falta de venda dos ingressos. Ovos de Páscoa à venda? Só os quebrados. Se no início do mês os chocolates dos coelhos eram tidos como os vilões do orçamento pascal, só escapou nas prateleira aquele que de tão apalpado se viu esfacelado.

No feriado da Páscoa, a Arena Pernambuco esteve lotada com o jogo da seleção brasileira de futebol. As estradas se esticaram em congestionamentos quilométricos. O espetáculo da Paixão de Cristo foi encenado para milhares de pessoas do País inteiro, durante oito dias. Os shows na cidade de Gravatá, com ingressos custando a bagatela de R$ 150,00, estiveram repletos de esfuziantes baladeiros, ávidos por sacudir seus esqueletos e já sonhando com o próximo feriado prolongado e novos eventos programados.

E eu me pergunto: onde está a crise? O que se entende por crise? Será que se aprendeu, assim, tão bem a viver em crise? É tema para um estudo de caso. Por favor, reúnam a cúpula de cientistas!

Eu cá comigo estou pensando que a crise pode ser...
De diarreia, de verme... talvez... o povo engole de tudo e às vezes não seleciona o que come.
De coluna... quem sabe... porque até banquinho no espetinho da esquina é só para quem chega cedo, mas ninguém perde um churrasquinho de gato ao final do expediente.
Pelo visto... a crise... nem de garganta... haja vista o estridente esgoelar das moçoilas enlouquecidas por um cabra com a alcunha de Safadão... Eu dou por vista se ele não fosse um sujeito ‘safado’!

Eis a arte de viver ‘na crise’... Como? Eu faço minhas as palavras do sábio Chicó: não sei, só sei que é assim.

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