Pensando cá...
com meus botões e fechos-éclair...
[Fonte: www.informamidia.com.br]
A cada dez
frases proferidas nos últimos meses, em nove delas encontramos o bordão: ‘é a
crise’! As pessoas me pedem orçamento para revisão de produções acadêmicas, e
mesmo depois de negociados os descontos, justificam sua ‘penúria’ com o tal de:
“é a crise!” Muitos, de fato, se encontram em situação de pouca monta. Outros,
no entanto, não valorizam o trabalho alheio e escondem a sua ‘parcimônia’ por detrás
do internalizado mote.
A crise é
fato, ela existe. Muitos setores foram afetados, o crescimento tartaruga em
seus passos, embora eu tenha cá pra mim que há muito caroço por baixo deste
angu. De minha parte, eu confesso que não a sinto. Eu não a vivo. Nada mudou em
minha vida. Não há diferença entre o antes e durante a crise em meu viver. Não deixei
de viver ou consumir nada do que tive vontade e precisei. Em alguns casos, até,
extrapolei. É certo que batalho para isto, mas se batalho é porque batalhas não
me faltam, graças a Deus!
Observando o
entorno, eu também não vejo o imperar da bendita crise, tal como a propagam e
tentam incutir na mente do povo... sobretudo do mais ingênuo. No meu ambiente
de trabalho, se ela quis entrar, não lhe abriram as portas, porque o
crescimento por estas bandas segue seu caminho com passos firmes, largos,
contínuos e longe, bem longe de estagnação. Os meus amigos continuam viajando,
comprando, se alimentando bem, procurando investir... crescendo. Vejo bares e
restaurantes repleto de pessoas, shoppings abarrotados, supermercados com filas
a dar com o pau e não tenho conhecimento de um show adiado por falta de venda
dos ingressos. Ovos de Páscoa à venda? Só os quebrados. Se no início do mês os
chocolates dos coelhos eram tidos como os vilões do orçamento pascal, só
escapou nas prateleira aquele que de tão apalpado se viu esfacelado.
No feriado da
Páscoa, a Arena Pernambuco esteve lotada com o jogo da seleção brasileira de
futebol. As estradas se esticaram em congestionamentos quilométricos. O espetáculo
da Paixão de Cristo foi encenado para milhares de pessoas do País inteiro,
durante oito dias. Os shows na cidade de Gravatá, com ingressos custando a
bagatela de R$ 150,00, estiveram repletos de esfuziantes baladeiros, ávidos por
sacudir seus esqueletos e já sonhando com o próximo feriado prolongado e novos eventos
programados.
E eu me
pergunto: onde está a crise? O que se entende por crise? Será que se aprendeu,
assim, tão bem a viver em crise? É tema para um estudo de caso. Por favor, reúnam
a cúpula de cientistas!
Eu cá comigo
estou pensando que a crise pode ser...
De diarreia,
de verme... talvez... o povo engole de tudo e às vezes não seleciona o que
come.
De coluna...
quem sabe... porque até banquinho no espetinho da esquina é só para quem chega
cedo, mas
ninguém perde um churrasquinho de gato ao final do expediente.
Pelo visto...
a crise... nem de garganta... haja vista o estridente esgoelar das moçoilas
enlouquecidas por um cabra com a alcunha de Safadão... Eu dou por vista se ele
não fosse um sujeito ‘safado’!
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