segunda-feira, 21 de março de 2016

Entre mártires e falsos heróis

Talvez tudo tenha começado com ‘30 míseras moedas de prata’...

[Fonte: www.desmotivaciones.es]

Desde então, a história é marcada por lutas pelo bem comum, pela justiça social, pela paz, pela igualdade entre os homens, pela equidade, o julgamento justo, imparcial, apartidário... Mal e bem em eterna peleja...
Justiça... parece um termo que caiu no vulgarismo, tornou-se banal... Cada um a trata segundo os seus interesses, outros usam de sua prerrogativa de autoridade maior para vomitar arbitrariedades... São os vilões, travestidos de paladinos da justiça, que justificam os meios pelos fins... E não se percebem iníquos... Pior: muitos não percebem quem eles são, de fato.
Doloroso é saber que nunca será fácil, nunca será justo, nunca será diferente... Enquanto houver um Tiradentes, haverá inúmeros Joaquim Silvério dos Reis. Enquanto houver um Antônio Conselheiro, proclamar-se-ão muitas guerras de Canudos. Enquanto houver Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Joaquina (as guerreiras de Tejucupapo), haverá uma centena de Calabares. Para cada Salvador Allende, milhares de Pinochets. Enquanto houver um Miguel Arraes, muitos Dias Fernandes e Justino Alves usarão de sua força para impedir que o bem esteja a serviço de todos...
Só nos resta seguir... sem perder a vontade de lutar, pacificamente e com fé, por aquilo que acreditamos. Sem perder os nossos valores. Sem nos deixar levar pelo engodo das ações daqueles que, hipócritas que são, mancham de vergonha os seus juramentos. Sem perder a memória, e levar em conta as dolorosas lutas do passado.
Que o primeiro de abril de 2016 não revisite aquele de 1964. E que não nos iludamos... lembremos que quando Júlio César se deu conta, era Brutus... e já era tarde demais...

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