Fonte: www.mariabonitapoesia.com.br
Não me peçam pouco. Só me entrego por inteiro,
sou um todo e não uma porção.
Não me digam para pensar. Quem me comanda é o
coração.
Não me peçam frieza. Sou todo o corpo, dentro
e fora, emoção.
Não me digam para não sentir, minha pele, indiscreta, é pura explosão.
Não me peçam calma. Só sereno em ebulição.
Não me digam: espere! Sou um trem governado,
mas carrilado na contramão.
Não me peçam para engolir as vontades. Sou
desejo em eterna construção.
Não me digam para calar minh’alma. Ela mantém
viva a minha inspiração.
Não me peçam o
futuro. Meu querer é agora. Vivo o minuto e não a hora, a cada batida do
coração.
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