quinta-feira, 4 de abril de 2013

Amor... por vezes, um inalcançável querer


...distante dos meus olhos, dentro do meu coração, vivo em meus pensamentos, fora do alcance das minhas mãos

(Foto: Art of Woman)

É tênue a linha entre o querer e o não ter, e dolorosa a certeza de saber não alcançar.
É desconcertante sentir saudade e não poder me dar a chance do teu peito acarinhar.
É ensurdecedor o grito que silencio por não ter como teu nome proferir.
É insana a minha vontade de tocar tua pele, afagar teus cabelos grisalhos, do teu cheiro sentir.

Fecho os olhos, o teu rosto vejo, acende em mim o desejo, um arrepio me lambe a espinha.
Sinto-me flutuar em teus braços, imagino nossos corpos suados, abro os olhos, estou sozinha.
Quando estás comigo, vibro de alegria, dispo-me de pudores, sou capaz de qualquer fantasia.
Quando de mim te distancias, tudo se torna vazio, solidão, tristeza, faz-se noite em pleno dia.

Esforço-me para te esquecer, tu não me sais do pensamento, em meu tormento me calo.
Queria gritar teu nome, dizer-te da agonia que me consome, não posso, não devo, nada falo.
Sonho amando-te loucamente, corpos entrelaçados, lençóis em desalinho, alma embevecida.
Tu chegas sem aviso e partes sem despedida, são poucas horas contigo e sem ti o resto da vida.

A minha saudade entoa um fado, daqueles mais tristes, desolados, uma lágrima me corre a face.
A música é minha companheira, a minha voz forte, altaneira não é nada mais que meu disfarce.
A insônia é angustiante, a brisa que sopra tenta acalentar-me, o céu estrelado me ilumina.
Penso ser uma mulher forte, busco um rumo, sigo meu norte, mas amar-te, eu sei, é minha sina.


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