segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Desassossego do Querer...


Meu querer pode não ter nome, mas tem rosto, corpo e se avoluma em mim...


Meus pensamentos fervilham, há em mim um rebuliço, não sei o que dizer nem como traduzir.
Quero contar o que sinto, mas não sei descrever o que vai por dentro, nem o que é o meu sentir.
São tantos desejos guardados, tantas coisas por fazer, tanta vontade contida.
Estou explodindo por dentro, a alma toda se remexendo, querendo tudo da vida.

Rio sozinha diante do espelho: loucura? Devaneio? Traquinagem?
Às vezes, quando brinco, falo sério; outras vezes, quando séria, só penso bobagem.
Formiga em mim um desejo, fecho os olhos e vejo o meu delírio ganhar asas.
Em resposta, todo meu ser estremece, bambeia, amolece, meu corpo todo arde em brasas.

O meu interior sacoleja, o coração se bole todo, esbraveja, parece querer sair de mim.
É um não sei quê de desajuízo, uma coceira na imaginação, um querer que não tem fim.
Não importa o amanhã, o futuro não me interessa, se faz tarde, o meu querer é agora.
Não quero saber se a chuva cai, se a lua anoitece, o sol arde, se virá o romper da aurora.

Estou sonhando acordada, caminho sem destino, guiada por mãos que me chamam ao abraço.
Não sei ao certo a direção nem quero a rota deste chão, quero apenas seguir o compasso.
Quero me jogar no vazio, quero viver este momento até perder de vista o fim desta estrada.
Quero me lançar ao sabor do vento, deixar fluir o sentimento, me entregar e mais nada.



2 comentários:

  1. Bota um escrito pra lascar, nem heroína nem vítima, bota o desejo de juíza pra ver o corpo gozar!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É só uma parte desta ebulição que toma conta de mim...

      Excluir