quinta-feira, 14 de março de 2013

Questionando as minhas verdades

...quando as minhas verdades se confundem com os meus delírios


Sabe... quando você sente, de verdade, que não haverá jamais outra pessoa a ocupar espaço em seu coração, que mesmo que o mundo gire, outras pessoas venham, outras histórias sejam contadas, ela continua lá, por vezes esquecida, mas jamais apagada?

Sabe... quando você sabe que é amor, e sente que este amor também a tem como inesquecível, guardada, jamais desamada e você sabe que, ainda assim, você não pode ser a sua escolha?

Sabe... quando tudo o que você quer é estar perto desta pessoa, colocá-la no colo, ouvir seus lamentos, suas agonias, rir com sua risada, com suas manias, partilhar as suas alegrias e nem sempre você pode se fazer presente?

Sabe... quando você tem a certeza de que jamais construirá uma história de verdade e mesmo assim, você continua à janela, esperando por este amor a cada amanhecer, com o peito explodindo de saudade, com o corpo em brasas, reclamando sua pele?

Sabe... quando você percebe que os seus sonhos jamais serão realizados, mas que nada nem ninguém fará você recuar e desacreditar?

Sabe... quando você acorda, escorrega suas mãos pela cama e tudo que você queria era aquele abraço apertado, aquele “bom dia” ao pé do ouvido, e você percebe que lençóis e travesseiros não têm braços, não podem falar com você, muito menos ouvi-la?

Sabe... quando seu coração sorri desatinado ao sentir seu olhar reciprocado, seus lábios em outros encontrados, seu corpo amorosamente tocado, sua sede momentaneamente saciada e você sabe que isto é tudo o que você pode ter... por instantes... por momentos... e ainda assim você se sente a pessoa mais feliz do mundo?

Sabe... em sua certeza, o amor é eterno, é para sempre. A espera também. O reencontro também. O coração agoniado também. O sorriso a cada chegada também. O desejo acalentado também... Sabe... em suas verdades... o sonho também.

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